Esperança para comunidade LGBTI em 3 países da Europa, enquanto 72 nações criminalizam homossexuais

Em 28 de junho, se celebra o Dia do Orgulho LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersex)

Mapa mundial sobre as leis de orientação sexual mostra que ainda há muito por fazer em prol da comunidade LGBTI

A edição online do jornal La Vanguardia, editado em Barcelona, exibe nesta quarta-feira matéria na qual mostra como o mundo se posiciona diante da homossexualidade. De acordo com o levantamento da publicação, 72 países criminalizam as pessoas com este tipo de orientação sexual. De outro lado, mostra que três países são governados por políticos assumidamente gays. Hoje, 28 de junho, se celebra o Dia do Orgulho LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersex).
O jornal também contabiliza que atualmente oito estados castigam com a morte aqueles que se relacionam com pessoas do mesmo sexo. São eles Irã, Arábia Saudita, Iemen e Sudão, que aplicam a lei em todo território, além de Somália e Nigéria, em algumas províncias; e o autoproclamado Estado Islâmico nos territórios que controla no norte da Síria e noroeste do Iraque. Os dados são do informe Homofobia de Estado, da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuales, Transexuais e Intersexuais (ILGA, na sigla em inglês).

Mapa das leis sobre orientação sexual no mundo. Autor: ILGA. Reprodução: La Vanguardia

DESEQUILÍBRIOS E ESPERANÇA – Os dados divulgado pelo La Vanguardia mostram que ainda há muito o que fazer em termos de direitos do coletivo LGBTI. Contudo, destaca que três figuras políticas que hoje são referência no mundo por haverem ocupar altos cargos de poder e terem declarado abertamente sua orientação sexual.
São eles o primeiro ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel, o chefe de governo da Irlanda, Leo Varadkar e sua homóloga servia Ana Brnabic. Esta última se converterá no próximo final de semana na primeira ministra gay e mulher do país conservador depois que o governo conseguiu apoio para a sua nomeação. Todos eles na Europa, continente que acolhe o maior número de países que permitem o matrimônio homossexual.
Abaixo o perfil dos três:
Luxemburgo – Xavier Bettel
Bettel chegou ao poder em 2013 após a demissão de seu predecessor e atual presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker. Seu governo legalizou o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo em 2015, o que lhe permitiu casar-se com Gauthier Destenay, que fez história no início deste mês como primeiro homem a participar do programa de consortes de líderes mundiais organizado na Bélgica durante reunião da OTAN.

Irlanda – Leo Varadkar
Varadkar assumiu o governo da Irlanda este mês, se convertendo aos 38 anos no primeiro ministro mais jovem do país. Nascido em um bairro de classe média de Dublin, é praticante de rugby, dos esportes gaélicos e do triatlón. Fillho de um médico indiano e uma enfermeira irlandesa, o também médico foi educado num colégio de primária católico e num instituto de secundária protestante. Está vinculado à política desde que era adolescente. A Irlanda legalizou o matrimônio homosexual el 2015. Vadkar não é casado, embora tenha parceiro.

Sérvia – Ana Brnabic
No próximo final de semana, a Sérvia, um país tradicional em aspectos sociais e no qual a Igreja Ortodoxa exerce uma grande influência, terá pela primeira vez uma mulher e homosexual a frente do governo. Ana Brnabic, 41 anos, disse que sua principal meta será la recuperação e modernização económica do país. Tanto na Sérvia quanto nos Balcãs os grupos minoritários por sua orientação sexual sofrem forte pressão.

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