Prefeito de Dublin diz que Catalunha merece independência

Dublin
Christy Burke disse que entende a posição, os sentimentos e a visão do povo catalão em querer decidir sobre a indenpendência

Mais uma notícia diplomaticamente indigesta para o governo espanhol circulou nesta sexta-feira (29), com a propagação das declarações do prefeito de Dublin, Christy Burke, em favor da independência da Catalunha. “Eles merecem a independência. Entendo absolutamente a posição, os sentimentos e a visão do povo catalão”, afirmou em entrevista após reunir-se com uma delegação do Conselho de Diplomacia Pública da Catalunha (Diplocat), que participou de solenidade em homenagem a Charles Stewart Parnell e James Connolly, dois líderes históricos irlandeses.

Dublin é a capital da República da Irlanda, que se tornou independente do Reino Unido em 1918, após eleições plebiscitárias. “As urnas são maravilhosas, oferecem muita informação e não tenho dúvida que os catalães saberão se servir delas e que a democracia prevalecerá”, emendou Burke, ao desejar que Catalunha passe pelo mesmo processo.

“Sabemos bem o que é ser tratado como cidadãos de segunda”, enfatizou Burke, ao declarar apoio as eleições plebiscitárias que o governo catalão pretende fazer em 27 de setembro. A ideia é que se no pleito, quando serão escolhidos os deputados do parlamento, houver maioria independentista, os novos membros proclamem a república e desenhem uma nova constituição.

“Estou convencido que Irlanda poderá ajudar os vossos líderes a fazer possível um país adequado, decente e independente, através da autodeterminação”. Burke também comparou Catalunha a Escócia. “Quando os escoceses exigiram seu direito de fazer um referendo sobre a independência, conseguiram”, falou, ao sugerir que o primeiro ministro da Espanha, Mariano Rajoy, deveria seguir o exemplo do primeiro ministro britânico, David Cameron, e aceitar uma consulta oficial sobre o tema na Catalunha.

O secretário geral do Diplocat, Albert Royo, comentou o apoio. “A sociedade irlandesa entende perfeitamente o sentido das eleições plebiscitárias programadas para 27 de setembro na Catalunha. Pois também transformaram uma eleição normal em plebiscitária em 1918 e decidiram pela independência”, frisou.

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