Campanha de Natal da WWF faz apelo mundial para salvar elefantes africanos

Vídeo da organização que defende a conservação global foi lançado hoje e alerta que 55 animais são mortos a cada dia para retirada de seus dentes de marfim, colocando em risco à espécie 

A World Wildlife Foundation (WWF), organização de defesa da conservação global, lançou hoje lançou hoje (21) no seu canal do YouTube um vídeo no qual faz um apelo mundial para salvar os elefantes africanos. “Os elefantes também têm emoções, como nós. Precisamos da sua ajuda para acabar com isto”, apela a mensagem no vídeo, enquanto através da irís de um animal são mostradas imagens da caça predatória à espécie.
A peça, que faz parte da campanha de natal deste ano, alerta que 55 animais são mortos a cada dia por conta de seus dentes de marfim. A difusão acontece uma semana depois da decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de liberar aos caçadores de grandes animais, como seus filhos Donald Jr e Eric, a importação de cabeças e o outros troféus de caça dos elefantes.
A medida de Trump, que reverte uma proibição do ex-presidente Barack Obama, em 2014, para o Zimbábue e para a Zâmbia, entrou em vigor no último dia 17 de novembro segundo informou a agência do governo federal US Fish and Wildlife Service (USFWS). O órgão disse que as taxas cobradas podem ajudar na conservação dos animais ameaçados de extinção. A importação da Tanzânia continua proibida – na África do Sul e na Namíbia é permitida.

55 elefantes são mortos cada dia por caçadotres interessados na retiradas de seus dentes de marfim, material utilizado para fazer estátuas e souvenirs

“O impacto da caça furtiva não só ameaça o futuro dos elefantes, como é fortemente sentida pelos animais e os deixa com traumas para a vida. São várias as vezes que vemos os elefantes sofrerem por aqueles que morreram tragicamente”, explica Tanya Steele, chefe executiva da organização Vida Selvagem, realizadora da peça.
A WWF mantém uma campanha permanente em seu site na qual pede doações para continuar lutando pela preservação da espécie. “Por todo o continente, dezenas de milhares destes majestosos animais, são abatidos a cada ano. Em muitos locais, a espécie já foi caçada até a extinção. Se não agirmos agora podem não restar elefantes selvagens, em muito pouco tempo”, frisa a organização.
Os integrantes da WWF argumentam que com o esforço da comunidade internacional, a desflorestação, os crimes ambientais e outras ameaças podem ser travadas. A organização está a treinar equipes de combate à caça furtiva, rangers de apoio e faz pressão para que a legislação sobre comércio de marfim seja mais restrita, ajudando, desta forma, a repor o habitat natural crítico e a manter os animais afastados das comunidades e aldeias.
A caça ilegal aos elefantes tem sido impulsionada pela procura de esculturas de marfim e bugigangas com destino à Ásia, onde muitos consumidores pensam que os “dentes de elefante” simplesmente caiem e voltam a crescer, sem ferir o animal. A verdade é que o marfim só se consegue através de elefantes mortos.
Os animais estão na lista de espécies ameaçadas desde 1978. Dado mais recente do Censo do Grande Elefante, feito por uma ONG em 2016, diz que a população desses animais caiu 30% em sete anos.

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