Proibição do comércio de marfim na China é esperança para conservação de elefantes na África

Medida que entrou em vigor no último dia de 2017 proíbe totalmente o comércio de marfim na China, onde desde 2016 governo trabalha para acabar com comércio do produto. Defensores ambientais elogiam decisão

Quilo do Marfim chegou a ser comercializado a 1100 dólares na China, onde produto está associado a estatus social

O ano de 2018 começa com uma notícia importante para os defensores da conservação dos elefantes da África. A China baniu todo o comércio de marfim e de produtos derivados, declarando-o ilegal em todo o país, fechando assim o maior mercado mundial do produto.
A medida foi elogiada pelas organizações World Wildlife Fund for Nature (WWF) e a WildAid, que trabalham em prol da conservação da espécie. O impacto da decisão pode ser especialmente significativo em países como Angola e Moçambique, que nos últimos anos se tornaram destinos de referência na caça ao elefante. A atividade ilegal provocou uma diminuição da população de elefantes de 110.000 exemplares em dez anos, chegando a 415.000, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Outrora um símbolo de status social no país, o marfim perde agora valor e passa de forma efetiva à ilegalidade. A proibição abrange também o comércio eletrônico e os suvenires adquiridos no exterior. Tudo o que for apreendido será destruído pelas autoridades.
De acordo com o Ministério chinês das Florestas, “de agora em diante, se um comerciante disser que é um ‘vendedor de marfim autorizado pelo Estado’, estará a enganar e a violar intencionalmente a lei”.

Ex-jogador de basquete Yao Ming foi uma das personalidades que participou de campanha governamental contra comércio do marfim, que resoltou na morto de muitos animais

A entrada em vigor da nova lei segue-se a um trabalho de prevenção e restrição realizado desde 2016, que levou a baixas de 65% no preço do marfim, que chegava a 1100 dólares o quilo, e de 80% nas apreensões de presas de elefante. As campanhas contaram com a participação de figuras públicas chinesas, entre eles o ex-jogador de basquete Yao Ming.
A agência oficial chinesa Xinhua revelou também que ao longo de 2017 foram fechadas 67 lojas e oficinas envolvidas no comércio de marfim e que mais 105 estabelecimentos similares serão fechados agora.

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