Nos caminhos mágicos da Nova Zelândia

Primeiro roteiro indicado pela jornalista Patrícia Cassemiro é Nova Zelândia, onde se pode fazer passeios inesquecíveis por bosques, montanhas nevadas, morros vulcânicos e cursos de águas cristalinas 

Aukland apesar de não ser a capital, é o coração do país, com seus muitos barcos e iates

 

*Por Patrícia Cassemiro

Nova Zelândia é o país com a menor taxa de contaminação do mundo, com 30% da sua superfície de área natural preservada. Seus primeiros habitantes, os maoris, a batizaram com o nome Aotearoa, que significa “a terra da cumprida nuvem branca”. Esse lugar mágico nos inspira a imaginar que estamos dentro de cenários de filmes de ficção ou em um conto de fadas, com seus bosques naturais, fiordos, topos sempre nevados, águas cristalinas, morros vulcânicos. Onde se pode observar belas e diversas aves, além de espécies como pinguins, focas, golfinhos e, para os mais sortudos, gigantescas baleias.

Pássaros nas costas rochosas da Nova Zelândia

Esse é um pouco o cenário que encontramos em Nova Zelândia. A terra dos kiwis, não só a fruta originária desse país, como a ave que não voa que dá o nome à fruta, como os seus próprios habitantes que assim se denominam. Essa viagem ficou marcada para sempre na minha vida, não só por ser a antípoda do país onde resido (Espanha), enfrentando entre conexões mais de 30 horas de voos, mas pela esplendorosa beleza do lugar.
Aterrisei em Aukland e já no museu Temaki Paenga Hira vimos um dos maiores arcevos de seus ancestrais. É belo ver o respeito que preservam por seus antepassados, mesmo com a maioria da população tendo de rasgos ingleses, como seus colonizadores. O povo maori tem orgulho de sua origem, assim os neozelandeses ou os kiwis.


Para quem gosta de Rugbby, sabe que um dos times mais fortes do mundo são os All Blacks. A equipe e todas as outras de origem maori, têm o costume de fazerem a seus oponentes a saudação conhecida como Haka antes do início das partidas. A dança dos seus antepassados é utilizada para mostrar sua força e unidade.
Aukland apesar de não ser a capital, é o coração do país. É uma cidade onde existem mais barcos e iates por habitante no mundo. O que delata que Nova Zelândia não é um país de tantas desigualdades e é difícil detectar sinais de pobreza.

Vale a pena ir na ilha da Bahia e visitar suas praias e fazer um passeio de barco. Depois seguir para Rotorua e relaxar em suas termas vendo imagens únicas de monhanhas vulcânicas. No Pacífico, uma das maiores belezas é que areia das praias conseguem ser mais brancas que as do nosso conhecido Atlântico, constratando ainda mais a um cenário paradísiaco.
A cidadde de Wellington, com suas praças de esculturas metálicas e modernas, não tem muito para se ver, mas vale apena conhecer-la e fazer uma visita ao museu Papa Tongarewa e ao estádio dos All Blacks.
Um roteiro que não se pode perder é para o Parque Nacional dos Glaciares. Para onde se pode realizar vários tipos de excursões. As altas montanhas formam cenários que você jamais poderá esquecer.
Indico também o passeio à Kaikoura, onde se pode ver as baleias e os outros animais marinhos. Observar o nado do maior mamífero dos mares é impresionante. Os gigantescos animais parecem não pesar nada quando deslizam pelas águas.

Em todas paradas estratégicas, a cerveja é a bebida da vez, herdada da tradição inglesa. É possível apreciar os mais variados tipos da bebida, especialmentas as suaves.
Com relação a compras, há muita oferta de roupas esportivas, principalmente na capital Wellington, onde os fingers, os tênis de cinco dedos, podem ser encontrados em qualquer loja. Trouxe um na bagagem, mas não achei muito confortável. Mas como eu tenho uns pés muito especiais, recomendo para os que gostam de experimentar.
Um dos cenários mais incríveis é o de Mata Mata, onde fica a comarca dos Hobbits. É o local onde foi gravado o primeiro filme dos Senhor dos Anéis, que estreou em 2003. No final do passeio, indico uma parada para uma cerveja no bar da comarca, entre o cenário cinematográfico.

Casa do Frodo,no cenário real em Mata Mata, onde foi gravado o filme Senor dos Anéis

Aqui soubemos que um produtor dos estúdios dos EUA ligou para o dono desta fazenda para lhe fazer uma proposta milionária de compra, que foi recusada com a seguinte frase: “Como me telefonas durante uma partida dos All Blacks”. O que demonstra o pensamento de Nova Zelândia: dinheiro não é tudo e a tradição e qualidade de vida sempre é prioridade.

Patrícia Cassemiro no cenário do filme Senhoir dos Anéis, na Nova Zelândia

Para conhecer a Nova Zelândia e toda a cultura do Pacífico é necessário tempo, para não perder os detalhes. É a viagem na qual devemos nos permitir explorar com todos os sentidos o tamanho presente da natureza. Assim, não é uma viagem para ser feita em poucos dias. Também não é um roteiro barato, mas garanto que marca a vida.
Eu e meu marido fizemos tatuagens maoris com a imagem da ave do Kiwi para lembrar deste roteiro fantástico. Certamente um dos países onde voltaremos um dia. Nesse cantinho da terra, onde viajar é realmente sinônimo de natureza e descanso.

*A jornalista é colaboradora do Viaje Mundo Afora.

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