Caçador espanhol acusado de matar leão mais famoso do Zimbabue

Cecil
Cecil transformou-se em ícone da preservação da fauna selvagem do Zimbabue

Seu nome era Cecil e transformou-se ícone da conservação da fauna selvagem do Zimbabue. A beleza e a imponência do leão de juba negra atraía milhares de turistas à reserva de Hwange, onde o felino de 13 anos passeava tranquilamente com o grupo que liderava, formado por três fêmeas e sete filhotes. Até o último dia 1º de julho, quando seu corpo foi encontrado sem pele e sem cabeça fora da área do parque.
Depois da divulgação do ocorrido por ONGs locais e da repercussão na imprensa europeia, as autoridades locais começaram a investigar o caso e a tentar buscar os responsáveis pela morte do animal. Que atraído para fora da reserva, teve o colar com GPS retirado, sendo alvejado inicialmente com flechas e depois de perambular ferido, foi morto a tiros.
A imprensa divulgou esta semana que o caçador que matou o leão é espanhol e teria pago 50 mil euros pela caçada, tendo contado com a conivência de agentes do parque. As autoridades locais já tem o nome do suspeito, segundo o responsável pela segurança do parque, Jonhy Rodrigues. Contudo, não querem divulgar enquanto aprofundam as investigações.
“Prenderam duas pessoas da Associação Profissional de Guias e Caçadores. Eles são acusados de caçar sem licença, uma vez que se tratava de uma caçada ilegal. Foram até uma zona longínqua do parque onde Cecil estava só e fizeram o animal sofrer por dois dias antes de matá-lo”
“Atiraram à noite com arco e flechas para não fazer ruído e o animal esteve sangrando até que o mataram com tiros de rifles pela manhã”, relata Luis Muñoz, da entidade Chelui4lions, colaborador de várias ONGs sul-africanas e espanholas, e da britânica Born Free.
Há a informação de que as autoridades também estão buscando a cabeça de Cecil entre os taxidermistas do país, mas a maior probabilidade é de que já tenha saído ilegalmente do Zimbabue.

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