Alemanha, Áustria, França e Suíça criam rede de trens noturnos

Rotas do Nightjet, que serão operadas por quatro companhias, ligarão 13 cidades europeias ao final da implantação das rotas

Companhias de trem da França (SNCF), Alemanha (DB), Áustria (OBB) e Suíça (CFF) anunciaram a criação de linhas noturnas de trem que interligarão ao final da implantação do projeto 13 cidades europeias. As duas primeiras rotas do Nightjet, como foi batizado, entrarão em operação em dezembro de 2021 entre Viena e Munique, por um lado, e Zurique, Colônia e Amsterdã, por outro.

Em dezembro de 2023, está programada a entrada em operação dos trens noturnos de Viena e Berlim para Bruxelas e Paris. A última programada, um ano depois, seria a linha Zurique-Barcelona. Seriam beneficiadas ainda as cidades de Roma, Veneza, Milão e Hamburgo.

As empresas informaram que trabalharam em estreita colaboração com os respectivos governos, segundo declaração conjunta feita durante o anúncio do Nightjet. Um dos principais argumentos de defesa da iniciativa, apontado pelo ministro alemão dos Transportes, Andreas Scheuer, é propor “uma oferta ferroviária que respeite ainda mais o clima e o ambiente na Europa”.

O Secretário de Estado dos Transportes da França, Jean-Baptiste Djebbari, sublinhou que estão convencidos de que os comboios noturnos são “uma alternativa ecológica e sustentável” e que irão despertar “o interesse dos cidadãos por esta modalidade de viagem“.

A Sociedade Ferroviária Francesa (SNCF) diz que um subsídio público será necessário para apoiar o modelo econômico da oferta noturna. Segundo a empresa, uma viagem aérea entre Paris e Viena gera cerca de 400 quilos de dióxido de carbono (CO2) por passageiro, enquanto de trem são dez vezes menos.

PACTO VERDE – A Comissão Europeia acaba de apresentar esta semana as orientações para modernizar a mobilidade e reduzir em 90% as emissões de CO no setor dos transportes até 2050, que é responsável por quase 30% dos gases com efeito de estufa.

Devemos tentar atender às necessidades dos europeus, que estão viajando cada vez mais, e ao mesmo tempo reduzir a pegada de carbono do transporte“, disse o vice-presidente da CE para o Pacto Verde, Frans Timmermans.

A Comissão pretende duplicar o tráfego de passageiros nas linhas de alta velocidade até 2030 e triplicar até 2050. Bruxelas propõe simplificar a utilização e compra de bilhetes transfronteiriços e liberalizar os mercados ferroviários para substituir os aviões. em distâncias inferiores a 500 milhas. Os trens são um meio de transporte de baixa poluição, porque normalmente funcionam com eletricidade, que pode ser gerada com recursos renováveis.

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